quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Pulsar vivente

Sou ser, ser outro, que me junto no gosto, que crê noutro,
somo passos para andar.

Sou ser, ser resoluto, marcho firme, tenho pulso,
subtraio a euforia e ganho no caminhar.

Sou ser, ser de esforço, luto, suo, tenho porto,
divido contentos para somar.

Sou ser, ser humano, e como de costume, ser pulsante, que comove, canta e sente.
Sou ser, ser torto e quente, sou gente de pulsar vivente.

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Memória

Ofegante abro minha porta,
lá estava ela,
havia uma rede onde descansava os pensamentos,
também havia o mar do céu.
Era tudo confuso,
memórias...
dias leves, outros não.
Normal para quem descobre
o mistério dos rios,
a imensidão do mar,
a fantasia da ciranda.
O ritmo não é exatamente ideal,
mas sempre contínuo,
em ordem e desordem, de mãos dadas ou não.
Tanto faz.
Sei que é fundamental, afinal de contas é preciso seguir sempre, como o rio para o mar.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Amargo castigo

é...lhe tapam a boca e você não sorri.
O abandono lhe sorri. Cerram seu olhos, escondem seu brilho, impedem seu canto... e seu pranto.
Luto sagrado.
Num ímpeto de esperança, se lança, confiança, disputa, luta, e cansa.
Se afoga, lamenta, rasteja, réptil vil.
Agoniza e rola, chão, lama, fadiga.
Último suspiro, poço fundo.
é...lhe tapam a alma.
Amargo castigo.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Poros meus

Não escrevo para comunicar,
escrevo as extremidades do meu corpo,
pranto santo,
riso solto,
clamo linguajar.
Não escrevo para comunicar,
grito manso,
gestos concretos,
gargalho,
gargalo aberto,
certo,
transbordo alma minha,
poros meus.

terça-feira, fevereiro 06, 2007

os olhos dele (nos meus)

A luz dos olhos dele brilharam nos meus...
jamais vi brilhar assim,
como cristais que reluziam mil cores
era sua alma que sorrria,
a esperança que crescia!
Eu quero, quero sim, seus olhos brilhando em mim
sentir o correr dos rios,
a grandeza do mar,
o frescor do outono,
a inocência das cirandas...
tudo na luz dos olhos dele (nos meus)
magia que me fascina,
visão que me alucina... me faz feliz
pois a vida é pra ser
é... e é pra valer!

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

João

"Jão Camaleão" era "Zé Ninguém".
Dia desses conheceu "Maricota", mas essa não era marmota!
Era sim, moça feliz que nem cantiga de roda.
"Zé Ninguém" virou "JOÃO"!

E agora sorri seu coração!
Riso frouxo, sem desgosto...

Um bocadinho de alegria!
Coisa linda!

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Encontro de mim

"(...) me perdendo que me encontro, procuro o ponto certo e mato o que me atormenta... e sedenta bebo a água, basta a sede. Assim sobrevive em mim a esperança que brota das minhas entranhas... nisso há magia... não me engano. Saciada sigo meu rumo, pois perdendo é que me encontro. Eu sinto (...)"