quinta-feira, março 30, 2006

É isso aí...

Pensando na vida conclui que ela pode ser mais simples do que se imagina...
A vida doa momentos, doa sentidos...
nós, diversos, múltiplos que somos, capturamos de forma particular o que ela tem a nos oferecer; e como numa hipnose mágica fazemos destes momentos uma oportunidade de desvario libertador. É a oportunidade do ser humano encontrar-se e descobrir-se como ser exclusivo, dotado de riquezas inigualáveis e incomparáveis. Todo ser é diferente, único, dono do seu próprio “eu” e responsável pelo seu rumo. Este achado transborda em experiências extraordinárias entre o encontrar-se e o doar-se, num movimento mútuo em busca da elevação humana, traduzindo diferenças e resgatando o valor do “eu” num âmbito particular e coletivo.

Por isso vale a pena!

quarta-feira, março 29, 2006

segunda-feira, março 27, 2006

Embriago...

Minhas histórias

Cinzas espalhadas pela casa,
densas camadas.
Ontem revirei as gavetas e encontrei a caixa.
suspiros lá...
memórias dançavam...
mergulhei...
rubras lembranças.
Sempre saltam como numa tela de cinema,
suaves,
aveludadas,
quase como uma pintura, daquelas que atraem e prendem o olhar.
Quanta poeira...
densidade...
intensidade...
opacidade...
derivo, passo a mão, fixo o olhar,
lá estavam elas...
MINHAS HISTÓRIAS.

Sou

Sou uma efígie múltipla.

Não mais

Imóvel no escuro,
Nem um passo, sequer um gesto,
Um lugar crepuscular, porém fresco.
Passam segundos,
uma luz pequena brilha,
pisca sem parar, incansável... um pirilampo.
O brilho ofuscante mostra o rumo,
e a quietude se torna insustentável, caminho.
Sigo cega, firme
como uma presa confiante ao fugir do predador.
No silêncio portas rangem e sigo o brilho.
Um piano canta e obstinada continuo.
Uma fresta... transparente, mágico diria,
provoca minha atenção
na imensidão crepuscular
preciso seguir...
Num instante o brilho freqüente se apaga, declara minha solidão
Escuto passos, lentos,
pretos passos,
uma mão se agarra a minha
me conduz
E a solidão se torna insustentável, caminho

Sigo firme, cega porém... não mais só.

sexta-feira, março 24, 2006

Texturas

Olhar lírico

É... o olhar dela é lírico!
Emana o frescor intenso dos jovens apaixonados pela vida!
Faísca descobertas... janelas abertas para indizíveis histórias...
Pulveriza alegria!
Consagra o mundo com um brilho melódico!
Enfeitiça...
Enamora a busca pelo novo, sem medo fixa e arrisca.
Intenso lateja musicalidade e firme segue, sempre!
É... o olhar dela é lírico!

Para a encantadora Pimenta
www.rabiscosemcensura.blogspot.com

quinta-feira, março 23, 2006

Consome

Essa saudade me consome... nunca some.
Um calafrio agudo, musgo.
No passado vejo recortes felizes, entremeios... o sim e o não.
A saudade me consome como um cão encoleirado. Irado ele luta ao revés, uivos dilatados...
Tons de cinza, profundos abismos, entremeios... o aconchego e o abandono.
Eu conto os dias,
dor imensa,
não cessa,
angústia,
peno e choro,
pranto manso e canso...
No compasso sigo o ritmo medido, harmonia entre a dor e a magia.
Fria a artéria pulsa e latente geme... a saudade me consome...
Não há solução.

Horizonte meu