segunda-feira, outubro 29, 2007

Dou de ombros

Dou de ombros pro medo
e planto o canto do vento.

Dou de ombros para aqueles que fingem sentir o que sinto
e colho a esperança que brota e floresce.

Sinto que o sol me abraça, me aquece
e espanta o frio daquele sentimento.

Dou de ombros, não invento,
dou basta àqueles que insistem no desalento.

Pois meu céu, quero mais azul,
meu caminhar mais dançante,
meu sorriso, largo e aparente.

Dou de ombros... e sigo em frente!

Vida

Corro embaixo da chuva
molho o corpo suado
seco com o vento ameno
bebo a água da bica
sustento minha alma
que dança e sorri para a vida
movimento intenso
esperança e fé
coisa Divina!

quinta-feira, outubro 11, 2007

Poros meus (II)

Não canto para comunicar
canto as extremidades do meu corpo
pranto santo
riso solto
cadência
meu caminhar

canto o movimento
força
miséria
emoção
isso vem de dentro, é concreto
da alma, essa incorpórea

não canto para comunicar
desato tudo
apenas canto
de braços abertos
e coração destampado
trasbordo alma minha
poros meus.

Por isso canto.