Imóvel no escuro,
Nem um passo, sequer um gesto,
Um lugar crepuscular, porém fresco.
Passam segundos,
uma luz pequena brilha,
pisca sem parar, incansável... um pirilampo.
O brilho ofuscante mostra o rumo,
e a quietude se torna insustentável, caminho.
Sigo cega, firme
como uma presa confiante ao fugir do predador.
No silêncio portas rangem e sigo o brilho.
Um piano canta e obstinada continuo.
Uma fresta... transparente, mágico diria,
provoca minha atenção
na imensidão crepuscular
preciso seguir...
Num instante o brilho freqüente se apaga, declara minha solidão
Escuto passos, lentos,
pretos passos,
uma mão se agarra a minha
me conduz
E a solidão se torna insustentável, caminho
Sigo firme, cega porém... não mais só.
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