terça-feira, janeiro 23, 2007

Ele me sorri

a ciranda me leva
não sei o que vi ali
sei para onde vou
o mundo me leva
voltas... voltas... voltas
hoje ando
danço
balanço
amanhã estarei
vejo o sol
é... e ele me sorri.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Meu salto

Brisa fresca, olhar fixo na imensidão azul,
me encontro diante de um abismo...
o abismo de mim mesma.
Sem hesitar salto...
num movimento súbito,
na busca lanço mão da sanidade,
mergulho nos mais profundos pigmentos de minha alma.
No mar extenso dos meus medos,
na negra gruta dos meus segredos,
na nódoa fixa das minhas melancolias,
no sabor picante dos meus desejos,
na ciranda saltitante das minhas alegrias,
no sorriso infantil das minhas esperanças.
Sem hesitar salto... num movimento insano,
em busca de mim.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Fato consumado

Sei que um dia ele amadurece.
Ê tempo bom. Compromisso com o sorvete, nada muito solene. Criancice, meninice...
Quem dos graúdos, povo adulto não desejaria tal papel? Pergunto eu.
Até mesmo aqueles com cara de moço importante, cheio de obrigações relevantes...
Sabe lá! Mas um dia ele cresce... amadurece e isso é fato consumado.
Infortúnio do SER.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Somos UM

Divido o contento,
o alimento,
o trotar e o vento.
Divido braço meu,
passo denso,
o suspirar e o desalento.
Termino o dia,
embalo a noite,
divido a cama e o pensamento.
Divido tudo com o mesmo intento,
sina, sorte e divertimento,
porque não seu eu só,
sou sim parte de ti,
e você... metade de mim.
Um só.

sábado, dezembro 02, 2006

Pirilampeando

Andei pirilampeando, brilhante como um lampião no breu... Claro, forte e sozinho como o bichinho.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

"Uma Amizade Sincera"

Dois amigos.

ele um encanto, ela o vento,
ele sentença, ela contingência,
ele pêra, ela maçã,
ele rock, ela talismã .

amizade sincera,
dessas que não se desespera
por esgotar.

certo dia não queria mais falar,
o assunto acabou,
o mar esvaziou,
a montanha se calou,
e a sinceridade vociferou .

aquela tal amizade
com sinceridade,
ainda mais se conectou
não mais queria analogia,
nada de pares,
nada de rimas,
assim foi feito.

Uma amizade dessas que respeito.
Com apreço, sinceridade do fundo do peito.

Sendo assim,
ela norte, ele sul,
cada um pro seu azul.

É... uma amizade um tanto sincera.
Continua sendo.

Para Clarice, a Lispector.

quinta-feira, novembro 30, 2006

Outrem

Velo
revelo
levo
relevo
credo
credito
o dito
não dito
e
renego
e
cego
e
enxergo.

Revelo-me: Outrem.

segunda-feira, novembro 06, 2006

(...) o ódio enterra a gente... tranquei na bagagem (.)

quarta-feira, outubro 18, 2006

Minhas contas


Verter cristais, lágrimas minhas... contam minhas contas... contas de luz.

( . )

(...) me divorciei da dor (.)

segunda-feira, outubro 09, 2006

Ímpar



É daí que vejo, através da cavidade que me é ímpar... lugar meu e somente meu... enxergo o universo e o mistério humano.

Ultrapassa qualquer entendimento

Aquilo que é tudo e nada,
sentir-se completo e raso,
o mundo e indivíduo,
louco e ajustado.

Morre em agonia e calmaria,
profundo e doído,
alegria e estasia,
aquilo que arrebata e já basta.

Chama o egoismo e assusta o contrário,
desejo carnal e imaterial,
no ímpeto devota e divide,
ilude e palpita,
sonho perfeito, fato imperfeito,
as vezes rarefeito.

CELESTIAL... e tenho dito:

O AMOR ULTRAPASSA QUALQUER ENTENDIMENTO.

Sobreviventes

Toco o fundo da vida,
o abismo íntimo,
como poucos.

Salto e medo.

eu e meus irmãos,
todos em busca dela,
felicidade provavel.

Inalcansável.

Todos sobreviventes.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Aqueles olhos não eram meus

Velejar,
eu estava lá,
mar adentro,
meu pensamento.
Intenso, puro e fundo,
como o infinito daquele lugar.

Proa afora e nada como o vento,
pra espantar o que invento,
peito aberto e sofrimento.

Abro os olhos e cega vejo,
a forte brisa que me engole,
e frágil me absorve,
com pesar vem revelar...

Aqueles olhos não eram meus,
eram do mar...

quarta-feira, setembro 20, 2006

O oposto

Afogo
agosto
a gosto
sem gosto
o oposto
a contra gosto.
Desgosto.

Vi o menino dobrar a esquina

Eu vi o menino dobrar a esquina...

O tempo escoa
e a saudade chama,
flama.
Sorriso largo,
abraço quente,
ofegante.
Pra onde foi o menino?
Dobrou a esquina,
agora sem saída,
foi-se aquela Vida.

Não existência.
Ausência.

Fecho os olhos
e crente meu coração sente...
pura ilusão da mente.
Não sigo seu rastro,
não me prendo em sua fuga,
não distante,
desemboca na loucura.

Só sei o que vi... o menino dobrar a esquina.

sexta-feira, setembro 15, 2006

A vida é assim

a vida é assim
põe a mesa
água, pão e ar...
devoro como um leão faminto    
mastigo e sinto
as vezes doce
as vezes amargo
as vezes vomito
me farto, como e parto.

segunda-feira, setembro 04, 2006

"Encontros e Despedidas"

Comprei a passagem,
vi olhos tristes, felizes também.
Os meus diziam o tudo e o nada.

A saudade não partiu, pariu.
A estrada me ruiu e o sentido me atingiu.
Comprei a passagem...

Hesito e sigo.
Encontro o invisível... a esperança ao meu lado.
O caminho desenrola o tempo, outra estação.
É... encontro-me na próxima parada.

quinta-feira, agosto 31, 2006

Revelar e esconder


chama branda. quente e lenta. invade. queima...
revelar e esconder.

sexta-feira, agosto 18, 2006

Humano

O ser humano é difícil de entender, as vezes quente, as vezes frio, branco e preto, rígido e flexível, indócil e domável, insignificante e divino, grito e silêncio, covardia e coragem, amor e ódio. Ambivalente.
Tudo num mesmo pacote. É... isso mesmo, somos um pacote. “Quem compra leva o pacote” diria uma querida amiga.
Forças opostas e ocultas lado a lado. O legível e o invisível.
Acho mesmo que somos como um iceberg, a imensidão encontra-se escondida... nas profundezas. As vezes a invocamos e assustamos mesmo com o tamando do “mistério”! Mistério humano.
Todos os dias olho minha imagem refletida no espelho e não sei ainda quem sou, vejo o “lugar” físico, porém o “lugar” mental é um folhear, como a leitura de um bom livro... degustamos, mastigamos e engolimos e a cada dia o “corpo” pede mais, não se farta.
É... o ser humano é difícil de entender... somos como aqueles lugares remotos, que cientistas e curiosos insistem em explorar, mas há sempre um novo lugar. Um novo descobrir.
Até onde vamos? Que “lugar” é esse? Não sei, mas acredito que seja lindo, lindo.

Coisa linda!