quinta-feira, maio 25, 2006

Tarde fria, quente a alma

Tarde fria...
quente a alma... Ela que acabara de declarar seu amor ao mundo, descansa na calçada.
Observa o movimento, que naquele momento, parecia estar mais lento.
O vai-e-vem dos mais apressados, o zumbido do trânsito alvoroçado.
A brisa acaricia seu rosto e anuncia um tempo mais amistoso.
Respira fundo...
Uma senhora atravessa a rua e seus olhares se cruzam.
Ela tenta decifrar os segredos daquele olhar. Negros, cansados... blindados. Traduziam uma vida menos feliz...
Depois uma criança, inocência, outra esperança...
Seu corpo se entrega ao tempo, ao vento... Ela que acabara de declarar seu amor ao mundo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Lindo

thaispimenta disse...

é... canção bonita para o coração.