sexta-feira, novembro 16, 2012

O Amor, esse objeto


Depois de longo "inverno" sem um texto publicado neste espaço, aí está um enorme! Confesso que um tanto quanto acadêmico, mas nem por isso menos poético, não poderia ser diferente! Para os que amam!


O Amor, esse objeto

Somos seres de linguagem e através dela nomeamos coisas, ordenamos, tentamos entender, sentir e explicar o mundo que nos cerca e nos compreende. Nos tornamos, então, capazes de nos comunicar, expressar ideias e sentimentos. É fundamental dizer que este fenômeno social, além de essencialmente relacional, devido ser algo que transcende o ser, mas que necessita dele para ser pensado, não se restringe somente ao código verbal, mas tudo que for passível de interpretação. Então, além da fala e da escrita podemos por exemplo pensar as imagens em movimento numa tela de cinema, no tom da voz ou num gesto corporal, e é neste sistema sígnico, que as relações e práticas comunicacionais se estabelecem.

Ainda dentro da perspectiva relacional, a linguagem é um signo análogo, isto porque há algo em relação aquilo que tentamos traduzir, que se assemelha, mas que também se diferencia dele. A linguagem é, na realidade, incapaz de representar verdadeiramente e plenamente o mundo e sua essência. Segundo Júlio Pinto (2009), um signo que nos inclui no mundo dos objetos, mas nos exclui do mundo das coisas. Instituímos relações a partir de referentes idênticos, fazemos conexões mentais, assim num processo contínuo de produção de sentidos. Esses se divergem das formas mais variadas, isto porque “o sentido é uma direção que a significação pode tomar dependendo das escolhas que o receptor fizer, dependendo daquilo que o atinge ou que ele quer atingir” (PINTO, 2008). Funda-se uma relação entre “emissor” e “receptor” num movimento de troca ininterrupto e complexo, como se enredando um tear, em que fios se entrelaçam e fazem suas conexões, uma rede. Algo que ora é signo, se torna significante e se transmuta em significado, desse modo falar da produção de sentidos é no mínimo confuso. Como ser certeiro ao discorrer sobre o emaranhado complexo que é a produção de sentidos? Como não ser ambíguo num campo simbólico como é o dos sentimentos e das paixões? Falar de amor, certamente, é provocar eloqüentes discussões. Sem dúvidas, este sentimento provoca possibilidades de leituras, muitos discorrem sobre as formas de amor ou sobre como se dá este vinculo emocional, outros descrevem sobre os jogos de conquista nas relações ou sobre a tristeza do sentimento não correspondido. Discursos que levam a crer ser este tema algo simples, ledo engano! Neste contexto amplo e inexato, numa tentativa despretensiosa, vagueio sobre fragmentos que envolvem esta manifestação sentimental entre amante e amado, sobre o amor. Será possível?

Tomando como princípio a impossibilidade de exterminar o caos em processos de interpretação e re-significação que ocorrem também e, naturalmente, nas relações entre ser amado e amante a inexatidão é, de fato, uma circunstância demasiadamente opulenta. Para Barthes (2003) o amor se torna um valor poderoso e resistente para aqueles que amam, ainda que apresentadas as dificuldades, os desesperos e os mal-estares, as pessoas amam e partilham esta virtude encontrando, numa  poética teimosa, boas razões para amar.

O que pulsa e atrai no ser amado? Acredito que o desejo latente impulsiona e prende o ser amante nesta leitura interpretativa. Por que não dizer relação interpretativa? Talvez seja o desejo incessante de descobrir o que há nas nuances manifestadas pelo ser amado, talvez o que se manifesta nele preenche uma carência do amante, talvez as dúvidas ou um certo lugar de incertezas que atraem. O que há atrás do véu? Que fendas são estas?  O que me falta? Qual o segredo deste entrelugar? Amo e sou amado? O sentido estará sempre em “outro” lugar e a troca acontece incerta e fluida de forma incessante numa construção imaginária infinita. Esta cadeia de sentidos é de grandeza incalculável, e em se tratando de construção e produção de sentidos, me atrevo a dizer que estas trocas entre amados e amantes são como manifestações artísticas performáticas. As performances tem a capacidade de atrair o olhar atento dos transeuntes, que param, se prendem e acontece naquele instante um elo. O olhar, segundo Barthes (1990), sempre procura alguém ou alguma coisa, ele é inquieto. Este “olhar” denotado por Barthes diz do sentir, da escuta, do toque, da procura!

O olhar atento do amante encontra em seu objeto algo que o fascina, algo que o classifica, invariavelmente, como ser único, dotado de uma originalidade brilhante e aura encantadora.

“Encontro em minha vida milhares de corpos; desses milhares, posso desejar algumas centenas; mas dessas centenas, amo apenas um. O outro de que estou enamorado me designa a especialidade de meu  desejo.” (BARTHES, 2003, pag. 11)

O amado, por sua vez, atua fabricando uma linguagem própria que reforça esta classificação, um vai-e-vem abundante de produção de sentidos que se tangenciam na busca incessante pela miraculosa completude. Importante declarar aqui, que este fragmento sobre o qual discorro, pressupõe uma relação mútua e, portanto, compartilhada. Entretanto, os signos, linguagens, códigos “compartilhados” dizem de um lugar peculiar de cada consciência nesta relação. Então como o ser amado e o ser amante seriam capazes de interpretar algo de forma idêntica sem que algo escape? Nesta troca “tudo” pode significar nada; o dito, pode não dizer; o que se esconde, também se mostra. Signos produzem sentidos mas estão sempre aquém do Sentido, segundo Pinto (2009). A impossibilidade grita, pois o processo de produção de sentidos é individual, o sujeito constrói um universo só dele, paralelo, atraído pela possibilidade de preenchimento de fendas, através de um conhecimento particular (HILDEBRANDO, 2003). Já que o sentido produzido é proveniente de referências, experiências, aflições, lembranças vindas da percepção de um mundo próprio, um lugar simbólico e muito singular, talvez falar de um espaço “virtual” não será tão absurdo, já que existe somente no imaginário e é neste lugar que os seres se diferenciam, invariavelmente e evidentemente, também em suas expectativas, desejos e ideias.

Amantes e amados se misturam neste processo fantástico e sedutor, por algum motivo se atraem, se distanciam, se confundem e a busca perdura. Ouso dizer, pelo amor à poesia da Vida, que o que procuram seres amantes e amados é também o que procura persistentemente a humanidade, preencher o que lhes falta. A completude está além de nós, ela é fugidia. Este é o sentido.

Bibliografia

BARTHES, Roland. O Óbvio e o Obtuso. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1990.
BARTHES, Roland. Fragmentos de um Discurso Amoroso. Martins Fontes. 2003.
COHEN, Renato. Performance como Linguagem. Editora Perspectiva, São Paulo, 2002.

HILDEBRANDO, Antônio; Nascimento, Lyslei; ROJO, Sara. O corpo em performance: Imagem, texto, palavra, NELAP/FALE/UFMG, Belo Horizonte, 2003.
OLIVEIRA, Ivone de Lourdes e SOARES, Ana Tereza Nogueira (Orgs). Interfaces e Tendências da Comunicação no Contexto das Organizações. São Caetano do Sul SP. Difusão. 2008.
PINTO, Julio. Algumas Semióticas / Julio Pinto, Vera Casa Nova.  Belo Horizonte. Autêntica Editora, 2009.
PINTO, Julio. O Ruído e Outras Inutilidades; Ensaios de Comunicação e Semiótica/ Julio Pinto. Belo Horizonte. Autêntica, 2002.

quarta-feira, agosto 15, 2012



Coração palpitante...
Diante daquele portal Alice hesitou...
Ora... que adormeça o medo!
Vá Alice! 
Você vivenciará o que nós não vivenciamos, irá experimentar o que gostaríamos ter experimentado!
Conte-nos sua emoção, o sabor de tudo, conte como é pisar naquela terra de outra cor, qual o seu cheiro e sabor! 
E foi assim. Ela entrou!
E eu? Sempre a seguir Alice!

quinta-feira, maio 24, 2012

... a maldade humana causa náusea, a crueldade é mesmo uma doença... ainda persisto na crença de que um dia os homens serão melhores.

terça-feira, maio 22, 2012

... e foi assim, uma tarde mais bonita

... e foi assim...
depois da tempestade, um céu azul...
o pôr do sol e o som da paz...
mágico e simples assim.


sexta-feira, abril 13, 2012

no palácio das flores


... era uma tarde calma...
... alice fora convidada para uma visita ao palácio das flores... ela se enfeitou de laços e em passos largos caminhou até o grande portal, lá foi recebida animadamente pelas tulipas vermelhas, sempre elegantemente vestidas... é... mais uma tarde de surpresas! aquele reino é um encanto!

terça-feira, março 13, 2012

mais um território desconhecido ...



... ela avistou de longe aquela plantação amarela... o vento soprava... ela podia ouvir o canto dos pássaros que se divertiam por lá...  mais um território desconhecido. ela hesita, porém segue... o que ela encontrará por lá? frutos doces? flores pelo caminho? ah Alice! nunca se sabe... viver é assim, esse é o jeito: seguir sempre.

segunda-feira, março 12, 2012

Alice estava lá!


... era uma tarde calma...
... alice fora convidada para uma visita ao palácio das flores... ela se enfeitou de laços e em passos largos caminhou até o grande portal, lá foi recebida animadamente pelas tulipas vermelhas, sempre elegantemente vestidas... é... mais uma tarde de surpresas! aquele reino é um encanto!

quinta-feira, março 01, 2012

o acesso... uma delícia!



Aquele acesso atraiu a moça dos passos coloridos... e a porta se abre para Alice.
A menina que persiste na descoberta. O desconhecido à mostra, novos mundos! Uma delícia!



domingo, dezembro 18, 2011

... novas cores...


... e Alice em passos largos, novos caminhos, com andar mais colorido... 







terça-feira, novembro 22, 2011

Mais SOL


Um dia a alegria me encanta,
outro dia se levanta a tristeza,
outra vez a brisa me espanta,
sem demora nasce a esperança,
mais sol,
menos sal,
a vida quer que eu me garanta.

quarta-feira, novembro 09, 2011

... mergulhar é preciso...

Ahhhhh... os sonhos... nada melhor que mergulhar nessas águas... o difícil é emergir em direção ao concreto...
Não sou deste mundo.


quinta-feira, setembro 01, 2011

Abrigo


É o abrigo...
por isso me inspiro,
a noite me engole,
sou fragmento,
o frio murmura,
sou estilhaço,
a solidão me absorve
sou fuido,
e o tempo se arrasta...
espero.
E a porta se abre,
sou esperança,
o olhar alcança,
sou latência,
se faz caminhar,
se faz comigo,
o Abrigo.

para ele, o Fernando.

domingo, agosto 21, 2011

Sonho




Passos… 
o caminhar das horas embalam os meus sonhos…
vertigem… imagens… as batidas do meu coração ecoam…
… uma criança dança… leve como a brisa… 
seus olhos refletem o oceano imenso e profundo.
e eu, imersa.
O lugar da fera adormecida, 
das lagrimas esquecidas,
das mágoas perdidas. 
E ela, dança.
Em sonho sou mais feliz...
e ouço os passos do relógio...

quarta-feira, maio 25, 2011

... e tem gente que insiste em dizer que...



E tem gente que insiste em dizer que Viver é tarefa fácil... não... Viver implica em reflexão e escolha, implica em risco, em ser errante... na Vida o certo é o incerto. Nada está pronto. É preciso aprender a Viver. É a natureza do Ser pensante. E tem gente que insiste em dizer que...

sexta-feira, abril 15, 2011

cuidar

cuidar...
um olhar... um toque... um sorriso...
regar a semente...
 e as raízes serão profundas...
frondosa será a árvore... e ela dará frutos... doces frutos...

terça-feira, março 01, 2011

... breve.


... aquele amor, quase ligeiro que penetra... morna meu coração...
... aquele breve adeus na estação... bagagem que me pesa o peito.
... o toque daquele que amo, breve segundo e calafrio...
... o breve ilumina meus sentidos e passeio no tempo...
... o breve mora em mim... já passou... e permanece. 

sábado, fevereiro 19, 2011

e eu? estarei lá... vestida de Madrinha.


... caminhos serão percorridos por ele! e tantos serão! ele desvendará o mistério das letras, o quanto a música envolve e nos faz voar, descobrirá o mundo!
... sentirá a brisa boa de se ter um amigo por perto, o encanto dos amores, o calor e a intensidade da paixão, a beleza e o aconchego de uma família que transborda amor, o peso e o lucro de se ter obrigações, o sabor da dúvida, os ritmos da ciranda da Vida, a graça de tudo que é simples e o contrário... dias de sol e chuva que roubarão seu fôlego e inundarão sua alma...  é... ele experimentará o mistério de tudo que é Divino... e isso é lindo!
... alegrias, cirandas, sabores, amores, degraus, pontes, sorrisos, abraços, olhares, mistérios, montes e mares... ele irá saborear! e eu? estarei lá, de mãos dadas, vestida de Madrinha. amo!

para o Arthur, fofo da Dindinha!

domingo, fevereiro 13, 2011

Alice no País das Maravilhas...



Ela mergulhou naquele sonho bonito... colorido... e cheio de surpresas...


_ Vá Alice! Vá e conte-me quais delicias saboreou, quais cores existem por lá... conte-me sobre o sabor da brisa, a abundância da chuva que mata a sede e lava a alma... 
_ Isso! Vários caminhos irão se abrir e flores vibrantes irão apontar a direção; uma estrada linda de encontro à você... você irá se surpreender...

terça-feira, fevereiro 08, 2011

dia de oração



... abro minhas portas e janelas... minha alma aberta.
... em minhas mãos um rosário e no peito a fé...
... meu canto, pranto santo... se transforma em oração.
... e me inundo de esperança...
... num desejo de que o Sagrado me cubra de Luz...

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

... o abandono me apavora, me visita e tira minha calma. eu já devia saber, ele sempre volta. sobrevivo... e no dia seguinte deixo a porta aberta... mais uma vez... e outra... um dia hei de aprender... o abandono é feito fera do mato... sempre à espreita de um bicho suculento.

quinta-feira, janeiro 27, 2011

( ... ) aí, pego a tesoura ( . )


Cabelos crescem, a saudade também.
As vezes preciso cortar ... pego a tesoura e pratico o ato decisivo, suave e brutal ... uma vez e mais outra, sempre assim.
É... a saudade cresce, cabelos também. 
Aí... pego a tesoura.

sexta-feira, janeiro 21, 2011

... a espera rasga a gente...
... mina minha esperança...
... um gotejar insistente...
... reluzente...
... a força dos obstinados valentes...
... relutantes...
... perseverantes...
... persistentes...
... é... a espera rasga a gente.


quinta-feira, janeiro 20, 2011

Não estou só.

Não estou só,
tanto penso,
que escrevo,
tanto falo (a mim)
que acredito.

Existe algo além,
afora entendimento,
não minto,
garanto o que sinto.

___________________


tive um sonho
risos largos nao cabiam nas bocas
eu e meu amigo
palavras sobravam no vocabulário
jurei que nao mais escreveria
jurei que nao mais me ocuparia
na saudade
na dúvida
na falta
o sonho virou poesia
sinto saudades.


___________________

Fico imaginando "pra"onde vão os tempos
se é que eles vão "pra" algum lugar
se é que eles existiram
Eu sei que é meio piegas dizer que o tempo não pára e que ele se perde
às vezes, como lágrimas na chuva
Mas não me refiro a esse tempo,
entidade efêmera e por vezes assustadora
O meu canto é sobre os tempos
Bons, inesquecíveis
Que nos deixavam perplexos, entorpecidos de riso
Jovens
Fico imaginando "pra" onde vão os tempos
Saudades em dobro.

____________________

segunda-feira, dezembro 13, 2010

!

Acho que ruim mesmo, coisa pior da vida é correr os dias "mais ou menos", "café com leite"...  Pular no abismo pode machucar, mas você sente o salto!

...

... ela está inteira, por partes.

terça-feira, novembro 09, 2010

Vale a pena o caminhar


E eu que pensava que a lida seria dócil comigo,

que o amigo seria par e nunca finito,
que a água não seria um vício,
que eu não teria suplício,
que a vida não seria difícil, puro engano.
Ela é dura como a rocha no lajedão, 
escorregadia como o lodo, cor limão,
e tem gosto... gosto que bem gosto
amargo e doce de esperança,
que nesse invento, reinvento,
mais dia, menos vento, a lida da vida se revela em euforia,
prazer, aprazia, é... há fantasia... e hei de continuar.
Vale a pena o caminhar.

terça-feira, novembro 02, 2010

Destino

"A paz invadiu o meu coração", já cantava Gil.
Um silêncio longo invade minha alma, sem perigo, sem ressaca.
O vulto opressor já não estremece minha calma.
Sinto o frescor da estação dos ventos, menos uivantes... mais amantes.
Sigo e confio mais no enigmático destino.
Na certeza da dúvida, repouso em sonhos bons.
Pois metade de mim é o presente e a outra metade... ESPERANÇA.

domingo, outubro 17, 2010

o medo

... entrou no meu vagão...
... aquele gigante que cisma em me encontrar na estação...
... num impulso fixei meu olhar no dele e nos demos as mãos...
... o gigante se tornou meu amigo... meu coração aos pulos!
... depois se absteve de mim, saltou em outra estação...
... ele sempre estará comigo, aquele gigante monstro amigo.
... e sigo.

segunda-feira, setembro 13, 2010

meu mar revolto

... essas tardes...
... em que meus mares revoltos invadem...
... insistem e alagam as areias ...
... encharcam e levam minha calma...
... invadem minhas terras e destroem as cercas vivas...
... espero...
... nada como o tempo...
... o senhor da transformação...
... e o que é manso há de voltar...

quarta-feira, agosto 25, 2010

é... foi ele.


é... foi ele... me mostrou o horizonte e inundou minha Vida de risos frouxos!
... me fez acreditar no Divino mesmo quando minha convicção afirmava o contrario...
... é... foi ele... ele me apontou caminhos e andou ao meu lado...
... me ensinou escutar o silêncio...
... coloriu minha Vida, da cor da esperança...
... é... foi ele... me fez ver a beleza de construir de mãos dadas...
... por isto, vale a pena... vale a Vida! juntos.


Para o homem que amo, ele, o Fernando.

domingo, agosto 15, 2010

Por vezes (movimento)


Por vezes meu movimento é tão intenso, que vejo manchas no lugar de rastros.

| um emaranhado só |


... risca... arrisco... linha... desalinho...
... traço... me embaraço...
... faço laço... desato...
... a Vida da gente é assim... um emaranhado só!

segunda-feira, junho 21, 2010

caminho de cores vivas

... um caminho de cores vivas ... percorri, repousei, segui viagem... andei colorido!

Memórias

... memórias... estas que teimo em remexer... história...


quinta-feira, junho 17, 2010

meu desejo


... meu desejo mesmo... era seguir aquele rastro no infinito azul...

segunda-feira, setembro 21, 2009

Parte de mim!

Meus passos firmes... e foram dados e prossigo.
Muitos caminhos,
abundantes colheitas,
estradas e escadas,
noites e o contrário,
amores e amigos,
sonhos e vitórias,
o que soma,
divide,
subtrai e multiplica
tudo junto, nesta minha caminhada.
Nestes anos
colhi sorrisos largos,
vivi mistérios,
naveguei em mares calmos,
enfrentei tempestades,
vesti a pressa,
prendi o riso e dei gargalhadas,
tive esperanças e desenhei meu futuro,
vivi o presente ,
errei e não pude apagar...
“a vida é desenhar sem borracha”
Alcancei glórias e vitórias,
troquei abraços,
cantei palavras,
dancei de mãos dadas,
plantei desejos,
cultivei amigos,
me escondi em silêncio,
me soltei e me encharquei de luz,
doei meus ombros,
é...
vi dormir as tardes,
vivi o começo de cada dia,
abri os olhos e vi o milagre da vida,
e meu colo se tornou abrigo e segurei aqueles que amo,
e meu coração transbordou de amores,
e os protegi,
sem ter dado a luz, fui mãe,
aquela que sou e serei sempre,
Mestre e Aprendiz.
Já ensaiei passos e errei a dança,
e sem querer acertei o compasso
e nesse vai-e-vem quero sempre próximos a mim os que amo
e que fizeram e fazem da minha história uma colcha de retalhos.
Amigos que nutriram meus sonhos,
Que mostraram os caminhos
Alimentaram minhas esperanças,
doaram sua coragem e generosidade,
Estiveram ao meu lado no momento dos meus tropeços
Aqueles que alegraram meus dias, que andaram comigo e compartilharam suas vidas,
Aqueles que me deram afeto e inundaram minha alma de magia,
Aqueles que sorriram comigo e me acolheram nos percalços
São vocês, todos vocês e outros tantos... Este presente a vida me deu, a convivência com as pessoas que ajudaram a construir meus dias: Minha família, meu marido que amo, meus amigos, meus sobrinhos que são filhos meus, meus colegas, meus irmãos que fazem e fizeram a minha trajetória valer a pena.
Nossos caminhos se entrecruzaram, se emaranharam, se distanciaram algumas vezes, se tangenciaram... e hoje sou quem sou e vocês me trouxeram até aqui.
O firmamento foi meu cúmplice,
E hoje vejo que nunca estive e nunca estarei só, pois meus passos são os seus, vocês são parte de mim !
e que venha o dia,a noite,meses e anos,e que me sorria a Vida!
Pois Vale a pena!


Para meus queridos, para vocês que amo!

segunda-feira, agosto 10, 2009

Simplicidade Divina



Um sorriso que vem de dentro... daquela alma linda... aquela simplicidade Divina!

quarta-feira, maio 20, 2009

Manhã de outono


A lua se despede da manhã azul... lindamente azul!

sexta-feira, abril 24, 2009

Luz e Sombra


Foto selecionada para exposição "OLHARES SOBRE A PUC" , em comemoração ao cinquentenário da PUC Minas.
Exposição: 23 de abril à 16 de maio
Galeria de Arte Biblioteca Pe. Antoniazzi
Puc Minas . Prédio 26 . Coração Eucarístico
BH . MG
Título: LUZ e SOMBRA
Autor: TATIANE MOTTA

terça-feira, março 24, 2009

... meu varal de asas...


... uma linha fina no firmamento azul...
... onde empoleira a liberdade...
... pouso manso...
... onde penduro meus sonhos para serem encharcados de luz...
... onde dança minha esperança com o balanço do vento...
... inundados de amor e liberdade...
... meu varal de asas...

quarta-feira, março 11, 2009

amanhecer de outono ... ... ... ...


Essa cor que borra meus passos... ... ... ...

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

O dia em que plantei um homem

O firmamento contemplava meu momento
Aquele momento: eu e a semente.
Eu queria cultivar ali o que germina em meu peito,
o alvoroço do que sinto.
Plantar meu desejo.

O desejo das mãos dadas, dos passos cadenciados,
unidos no mesmo rumo.
Eu queria plantar ali, naquele solo fértil,
aquilo que brota em mim, na terra da minha alma,
Cultivar aquilo que me transborda e germina.

É...
O firmamento contemplava aquele momento,
O sol espreitava o meu agir,
Como um rito,
Um culto...
plantei o meu gêmeo,
aquele que me sorve,
me alimenta,
me faz sedenta.

Plantei aquele que me faz forte e frágil,
Muito e míngua,
O que agrada e descontenta,
Divide e multiplica,
Amor e o contrário.

É... plantei um homem,
Plantei MEU homem,
E junto dele meu desejo,
Que carrego no peito, alma e vida minha.


* Para ela, aquela moça que plantou um homem...
e eu... eu estava lá!

terça-feira, janeiro 20, 2009

Nuvens passeantes




Elas... passeantes... naquela imensidão azul.
Passeavam displicentes, fingindo não me ver...
Meu céu no primeiro dia do Novo Ano.



sexta-feira, novembro 28, 2008

Realeza

Nós lá da roça "merece" o sol pra embelezar a plantação, "merece" a chuva pra acalentar aquele mundão de terra sem fim. Mas o de mais formoso é ela... que "alumia" o coração!
Ah! Seus olhos "faísca" boniteza! De manhãzinha o orvalho reflete sua delicadeza e quando ela sorri enche aquelas terras de riqueza!
Mas "que é só", que quando ela pede "nós faz", é brava por demais! E quando ela passa, até os caminhos se orgulham de tanta sutileza. É... Ela é assim.
O sol de "tardinha" se põe pra reverenciar tanta Realeza e a lua, sem demora, não tarda a "alumiá" tanta beleza!
Essa é Julieta, que enche de graça a vida e acende o coração das infinitas terras daquele mundão!


* Para minha avó querida, Julieta, te amo tanto, tanto!

quinta-feira, novembro 27, 2008

Vestido

A tarde vestida de paixão,
meu peito também.

Leve, meu vestido, dança,
no ritmo dos temporais,
estação das paixões.

Meu olhar desvairado,
danço delirante,
redemoinho.

Eu, a tarde e meu vestido,
vestido de paixão,
a tarde também.

segunda-feira, setembro 29, 2008

Ser indivisível

Ela, um todo dúbia,
tão forte e frágil...

seu corpo no dele,
descansou seu peso duplo,
sua gravidade,

tudo de bom e ruim...
branco e preto,
limitado e o contrário...

tudo pousado ali,
no corpo dele...

no vigor de quem amava
aquela criatura dúbia,
um ser indivisível.

sexta-feira, setembro 26, 2008

O CORPO

o corpo que rola
rola o corpo na terra
o corpo rola... rola...
rola e rala... rala...
o corpo que rola.

quarta-feira, setembro 17, 2008

Casas de Minas



Casas de Minas...
paredes e histórias.

terça-feira, agosto 19, 2008

amarras

o tempo passa... e a gente desaprende...
é... desaprende a ser leve, e veste a pressa.
desaprende o demorado, e veste a hora marcada.
desaprende o riso, e veste um corpo rijo.
é... a gente desaprende a ser solto...
o tempo passa... a gente se amarra,
a gente aprende e se prende.

terça-feira, agosto 05, 2008

Dia de festa, e eu sorrio.






Firmamento.
No céu um azul divertido, azul que azuleja, que arrebata... essa cor que brota... por todos os lados. Dia de festa, e eu sorrio.

segunda-feira, junho 23, 2008

... ameno ...



... um azul pouco intenso... ameno...
brando... pouco denso.

sexta-feira, junho 13, 2008

terça-feira, junho 10, 2008

Eh Mon Sertão

(Tive a honra de ter alguns textos meus, dentre eles o
Ê Sertão Meu , traduzido para o francês por Alice Mascarenhas * Obrigada Alice!)

Je traverse le sertão de mon âme

des pierres,
des rivières,
et des herbes pâles,

Dans ce sertão que je traverse
de vilains reptiles,
libres quadrupèdes,
et aussi des papillons bleus,

Grand sertão…
au soleil ardent,
au ciel très profond,
et à la pluie qui lave et rassasie chaque petit morceau de ce monde,

Sertão vivant…
des écolos,
des vers luisants et des chevaux,

Et je le traverse et je marche, et je cherche, et je creuse et je divague
ma raison d’être vivant.

Eh mon sertão, mon âme.

segunda-feira, junho 09, 2008

Coisa Divina




Coisa Divina naquela imensidão azul (!)

sexta-feira, junho 06, 2008

meu lindo e BELO HORIZONTE




quando o Horizonte se apresenta ... meus sonhos podem ver os caminhos ... e tão belos, tão cheios de vida ... meu Belo Horizonte.
:)

sexta-feira, maio 30, 2008

INTEIRO

Sonhe com toda sua força
até que seus músculos ajam involuntariamente,
lute com todo seu desejo
até que seus pensamentos ultrapassem os limites da razão.

Assim, tudo valerá os passos dados,
os caminhos tortos...
valerá a Vida...
em busca do ser pleno, repleto...
INTEIRO.

quarta-feira, maio 28, 2008

Filha da Vida

Sou do riso alto,
do passo largo,
sou das lágrimas que transbordam,
do abraço que aquece,
sou da paixão que acelera e perde o rumo.

Sou tudo que brota,
sou o que suga,
o que floresce,
sou dos que sorvem o alimento,
das cores vivas.

Sou filha da Vida.

segunda-feira, maio 05, 2008

Milagres

Milagres não existem,
existe sim a força do amor
e a ternura dos que o carregam no peito e na alma.

Milagres não existem,
existe sim o vigor da alegria
e o júbilo daqueles que a tem como amuleto.

Milagres não existem,
existe sim a intensidade da fé
e a solidez daqueles que a tem como esteio na caminhada.

Milagres não existem...

Existe sim a beleza destes sentimentos,
que causam um efeito mágico,
quase milagroso...

segunda-feira, abril 28, 2008

dias

os ventos vem e vão,
as tempestades nutrem o rio,
o sol seca a lama,
a brisa refresca meu corpo,
a noite revela as sombras,
os dias,
as noites,
os meses e anos...
sempre tão iguais e dissemelhantes.
revelam o caminhar constante,
o trote quase errante,
o vacilar e sim... o passo firme,
audaz e cheio de esperança, sempre.
e que venha o dia,
a noite,
meses e anos,
e que me sorria a Vida!

domingo, abril 13, 2008

Faísca

É uma faísca fascinante... que provoca meu olhar...
quando vejo o amor refletido nos olhos dele...
Parece que todo o brilho da lua se refugiou ali...
Fascinante centelha.
Misteriosa e bela.

sexta-feira, março 14, 2008

Ignorância

É engraçado mas, você já percebeu que todas as pessoas dotadas de ignorância são também avarentas?... Sempre que preciso de um pouquinho do seu dote estúpido, seu portador nunca me dá, nem me empresta!
Tá aí, coisas da mediocridade, custava emprestar só um pouquinho?!!!

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Minha voz

Minha voz irá encher seu vazio,
irá inundar sua seca,
matar sua sede.

Minha voz irá trazê-lo à Vida,
essa é a razão da melodia,
da harmonia,
essa é a razão, o porque canto.

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

... palavras...

... as palavras não me dóem,
o que dói é o modo como saem daquela boca...
o que dói é o jeito que apunhalam meu peito...

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Sopro Divino


“as vezes o amor nos pega de surpresa... como posso não sorrir e abrir minha alma para ele? Ser tão pequenino e ingênuo... nos arrebata a alma e tudo que temos de bonito parece florescer, é simples assim... o Sopro Divino é seu trunfo... inunda nossas vidas e o amor cresce delicado e forte.. é... ele é assim... Divino!”

para o João, amor da Dindinha! Lindo... lindo!

segunda-feira, janeiro 28, 2008

... elas tem VIDA ...



... sim, não tive dúvidas...
... assim que as vi...
... elas tem VIDA...

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Aquele pássaro

Cadê aquela razão que pairava por aqui,
voou feito passarinho assustado quando me aproximei...
Então hoje sorrio e bebo da fonte da liberdade,
essencial para minha vida, meu sorriso
bebo dessa água que me inqueta e alimenta...
e o passarinho voa!

Liberta eu pulo pro abismo, grito e salto...
Estou nos ares,
sujeito aos ventos e tempestades,
trovões e claridades!

Vejo horizontes azuis,
e quando olho bem ali
aquele passarinho,
absolutamente necessário,
em razantes sempre ao meu lado!

segunda-feira, outubro 29, 2007

Dou de ombros

Dou de ombros pro medo
e planto o canto do vento.

Dou de ombros para aqueles que fingem sentir o que sinto
e colho a esperança que brota e floresce.

Sinto que o sol me abraça, me aquece
e espanta o frio daquele sentimento.

Dou de ombros, não invento,
dou basta àqueles que insistem no desalento.

Pois meu céu, quero mais azul,
meu caminhar mais dançante,
meu sorriso, largo e aparente.

Dou de ombros... e sigo em frente!

Vida

Corro embaixo da chuva
molho o corpo suado
seco com o vento ameno
bebo a água da bica
sustento minha alma
que dança e sorri para a vida
movimento intenso
esperança e fé
coisa Divina!

quinta-feira, outubro 11, 2007

Poros meus (II)

Não canto para comunicar
canto as extremidades do meu corpo
pranto santo
riso solto
cadência
meu caminhar

canto o movimento
força
miséria
emoção
isso vem de dentro, é concreto
da alma, essa incorpórea

não canto para comunicar
desato tudo
apenas canto
de braços abertos
e coração destampado
trasbordo alma minha
poros meus.

Por isso canto.



sexta-feira, setembro 21, 2007

Ainda inocente



Quem dera eu fosse criança,
quem dera ainda inocente,
entregue à magia dos ventos,
aos encantos da mente...

quem dera eu fosse criança,
entregue à graça da Vida,
entregue às fantasias
à sorte contente...

quem dera eu fosse criança,
entregue aos risos frouxos,
aos saltos, texturas e cores,
entregue aos sonhos pulsantes...

é... quem dera eu fosse criança,
quem dera ainda inocente.

segunda-feira, agosto 27, 2007

Divido meu caminhar

eu divido o que como,
o que bebo,
a taça e o amuleto.

eu divido o vinho,
o sangue e o travesseiro.
divido meus lençóis e meu contentamento.

porções de dias lentos,
o vazio e o cheio,
o passo forte e o vacilar.

divido sim,
a vida,
a cama,
minha soma,
meu sonhar.
com ele vale a pena o caminhar.

Para ele, o Fernando, motivo do meu sorriso ser mais largo!

sexta-feira, agosto 24, 2007

Arco luminoso...




... e aquele arco luminoso teimava em me seguir pelo caminho...
... aquela coisa "mais" Divina (!)

terça-feira, julho 31, 2007

Cumplicidade

Uma face lava a outra
e as mãos se aquecem
os lábios emudecem
nada de ilusão
o silêncio é puro
e o pranto, santo
e minha face, sua face.

quinta-feira, junho 28, 2007

... o ciúme é assim

o ciúme é assim...

liquido denso
suco branco
que enche o copo
meio copo
cheio o copo
farta o copo
e abundante...
derrama
e no chão
preenche o ladrilho
é...
e some o brilho...

o ciúme é assim.

sexta-feira, junho 01, 2007

Ê sertão meu

Atravesso o sertão da minha alma

pedras,
rios
e pálidos capins,

Neste sertão que atravesso
répteis vis,
livres quadrúpedes,
e também borboletas anis,

Grande sertão...
de sol ardente,
de céu muito fundo,
e de chuva que lava e sacia cada pedacinho deste mundo,

Sertão vivo...
de bicho grilo,
de pirilampo e alazão,

E atravesso e ando, e busco, e cavo e divago minha razão de ser vivente.

Ê sertão meu, alma minha.

segunda-feira, maio 07, 2007

Poesia construída




Poeticamente construído, é sim, uma poesia!

quinta-feira, maio 03, 2007

(...) de mãos dadas

(...) a paixão anda de mãos dadas com a loucura... andei louca!

quarta-feira, abril 25, 2007

... me perdôo

me perdôo pelo ódio que as vezes sinto do mundo,
me perdôo pela ira aliada a mágoa que corre em minhas veias,
me perdôo pela solidão que por vezes assola minha vida,
me perdôo por perseguir tolas intrigas,
sim, me perdôo,
pois sou osso,
sou gente,
carne e sangue quente...
sou aquilo que nasce,
sobrevive e admite
é no perdão que se dissipam as negras nuvens de minh´alma.

sexta-feira, abril 20, 2007

Minha mãe, sorte minha!

Tive uma grande sorte na vida! Deus me deu a mãe que tenho. Minha mãezinha, mâinha, mamy... é... meu colo, meu solo, meu banho morno, meu agasalho, é... ela é a azeitona da minha empada, assim... imprescindível.

Amanhã é dia dela, bom seria se o presente fosse um mundo de sonhos, balões coloridos, muitas flores e a paz em suas mãos, sei que este último ela dividiria com aprazia, sem susto ou receio!
Mãe, minha mãe querida, ela é assim... divina presença, a lua do meu mar, a brisa da minha manhã... como dizer o amor que guardo no peito, e além dele a gratidão por ser também meu pai, essa é minha mãe. Sorte minha!

Para Ivete, quem me gerou, me deu amor e me mostrou o caminho.

terça-feira, abril 17, 2007

Harmonia



A harmonia é mais importante que qualquer outro "evento" que abraça a alma, pois é com ela, com a harmonia, que você se torna capaz de atribuir sentidos mais valiosos, mais ricos, mais saborosos e belos a tudo que está a sua volta. Este é sem dúvida um dos segredos, mas continuo a procura, sempre... é preciso mergulhar...

Ela

ela
uma pessoa comum
sobre a soleira iluminada
uma moça acanhada
sob o sol de manhã


ela
uma pessoa comum
sobre a soleira iluminada
pensa leve
olhar ao longe
sente a brisa polar

ela
uma mulher ao acaso
se encanta e canta
sempre na corda bamba
da brisa
da lida
e claro, da vida

ela
sobre a soleira iluminada
uma pessoa comum.

sexta-feira, abril 13, 2007

Publicação Revista Mininas nº 10


Lindo, lindo, orgulho de ver meu layout na Revista Mininas deste ano!


quinta-feira, março 29, 2007

(...) minutos de ameaça (...)

hoje... melhor esquecer, mas preciso escrever... esta é minha arma... meu viver.

momentos de angústia... roubaram nossa paz, furtaram nosso azul... é, ganhamos mais um sobrenome, o medo. e ele insiste em tomar nossa calma e o temor visita nossa alma.

hoje... alvoroçam nosso sangue! mas há de haver uma saída! não faremos nada? qual será a linha da chegada? verdade que estamos rodeados de mentes fétidas, pobres almas, que ferem, violentam, molestam, machucam, podres medíocres! o nada como ocupação, o crime sua razão... vermes dementes.

mas não seqüestram nossa moral, não destroem nossa ética e jamais nosso caráter, "coisa" de gente "decente", de ser "humano", mentecaptos não conhecem este valor... aquelas almas sem atributos e muito rancor, "seres" outros que não são gente, seres deprimentes, são mesmo delinqüentes.

mas há de haver uma saída! pois acredito em "gente", essa insistente, trabalhadora e envolvente, gente de fé e esperança... brilho e perseverança, é... e eu que insisto em acreditar nisso, por isso vivo, respiro e grito: HÁ DE HAVER UMA SAÍDA! QUERO DE VOLTA MEU CÉU! MEU SOL! MEU VENTO E MEU CONTENTAMENTO!

quinta-feira, março 22, 2007

Coloridamente cinza


Um céu cinza, coloridamente cinza... nada opaco!
Meus passos ficam menos densos nesses dias... simples assim...
coloridamente cinza... nada opaco!

segunda-feira, março 19, 2007

Chá com poesia

Eu e minha amiga iremos nos encontrar amanhã às 17 horas para mais um chá.
Exatamente 17 horas e 15 minutos a contar deste momento.
Amanhã aos 15 para as 17 eu vestirei meu casaco e andarei em direção à casa de chás, já sinto o amanhã... a cor do céu, um tom quase cinza, um cinza de muita cor... nada opaco... ao caminhar sentirei a brisa em meu rosto, escutarei meus sapatos tocando as folhas secas... outono.
Minha amiga e eu, amanhã aos 15 para as 17 horas trancaremos as portas de nossas casas, desceremos as escadas e atravessaremos a avenida mais turbulenta da cidade... passos quase embriagados, mais um encontro.

Eu e minha amiga, minha amiga e eu... aos 15 para as 17 horas... ela colocará seu cachecol marrom e ao mesmo instante caminharemos em direção a casa de chás... seus sapatos de verniz vermelhos... imagino seus passos... largos passos... posso escutar o seu ritmo multicor...
ahhh... mais uma tarde de histórias e poesias, é, eu e minha amiga, minha amiga e eu... belas surpresas ela guarda para mim, confissões secretas, razão e fé, maravilhas e êxtases, sobressaltos e alegrias, além das fantasias... é claro... tudo isso em apenas um encontro, na casa de chás... é... às 17 horas, eu e minha amiga... aquela que costuma brincar com o destino e declamar a vida, ela é assim... toda poesia!

* para Juju (Linda, linda)

sexta-feira, março 02, 2007

"napontadopé"



(...) "napontadopé" (...) às vezes é preciso (...)

Pouco denso

Num dia brando de março,
me senti a vontade!
Riso frouxo!
Mergulhei na alegria,
no brilho simples do contentamento!
Intenso!
Como nas lembranças boas...
Um banho de rio profundo!
Uma dança inebriante!
Um delicado sentimento!
O perfume do vento!
O cantar do silêncio!
O brilho dos olhos!
O fascínio das descobertas!
O furor da surpresa!
O gosto de infância!
Um caminhar pela alma!
Um mundo adorável!
Pouco denso.

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Pulsar vivente

Sou ser, ser outro, que me junto no gosto, que crê noutro,
somo passos para andar.

Sou ser, ser resoluto, marcho firme, tenho pulso,
subtraio a euforia e ganho no caminhar.

Sou ser, ser de esforço, luto, suo, tenho porto,
divido contentos para somar.

Sou ser, ser humano, e como de costume, ser pulsante, que comove, canta e sente.
Sou ser, ser torto e quente, sou gente de pulsar vivente.

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Memória

Ofegante abro minha porta,
lá estava ela,
havia uma rede onde descansava os pensamentos,
também havia o mar do céu.
Era tudo confuso,
memórias...
dias leves, outros não.
Normal para quem descobre
o mistério dos rios,
a imensidão do mar,
a fantasia da ciranda.
O ritmo não é exatamente ideal,
mas sempre contínuo,
em ordem e desordem, de mãos dadas ou não.
Tanto faz.
Sei que é fundamental, afinal de contas é preciso seguir sempre, como o rio para o mar.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Amargo castigo

é...lhe tapam a boca e você não sorri.
O abandono lhe sorri. Cerram seu olhos, escondem seu brilho, impedem seu canto... e seu pranto.
Luto sagrado.
Num ímpeto de esperança, se lança, confiança, disputa, luta, e cansa.
Se afoga, lamenta, rasteja, réptil vil.
Agoniza e rola, chão, lama, fadiga.
Último suspiro, poço fundo.
é...lhe tapam a alma.
Amargo castigo.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Poros meus

Não escrevo para comunicar,
escrevo as extremidades do meu corpo,
pranto santo,
riso solto,
clamo linguajar.
Não escrevo para comunicar,
grito manso,
gestos concretos,
gargalho,
gargalo aberto,
certo,
transbordo alma minha,
poros meus.

terça-feira, fevereiro 06, 2007

os olhos dele (nos meus)

A luz dos olhos dele brilharam nos meus...
jamais vi brilhar assim,
como cristais que reluziam mil cores
era sua alma que sorrria,
a esperança que crescia!
Eu quero, quero sim, seus olhos brilhando em mim
sentir o correr dos rios,
a grandeza do mar,
o frescor do outono,
a inocência das cirandas...
tudo na luz dos olhos dele (nos meus)
magia que me fascina,
visão que me alucina... me faz feliz
pois a vida é pra ser
é... e é pra valer!

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

João

"Jão Camaleão" era "Zé Ninguém".
Dia desses conheceu "Maricota", mas essa não era marmota!
Era sim, moça feliz que nem cantiga de roda.
"Zé Ninguém" virou "JOÃO"!

E agora sorri seu coração!
Riso frouxo, sem desgosto...

Um bocadinho de alegria!
Coisa linda!

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Encontro de mim

"(...) me perdendo que me encontro, procuro o ponto certo e mato o que me atormenta... e sedenta bebo a água, basta a sede. Assim sobrevive em mim a esperança que brota das minhas entranhas... nisso há magia... não me engano. Saciada sigo meu rumo, pois perdendo é que me encontro. Eu sinto (...)"

terça-feira, janeiro 23, 2007

Ele me sorri

a ciranda me leva
não sei o que vi ali
sei para onde vou
o mundo me leva
voltas... voltas... voltas
hoje ando
danço
balanço
amanhã estarei
vejo o sol
é... e ele me sorri.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Meu salto

Brisa fresca, olhar fixo na imensidão azul,
me encontro diante de um abismo...
o abismo de mim mesma.
Sem hesitar salto...
num movimento súbito,
na busca lanço mão da sanidade,
mergulho nos mais profundos pigmentos de minha alma.
No mar extenso dos meus medos,
na negra gruta dos meus segredos,
na nódoa fixa das minhas melancolias,
no sabor picante dos meus desejos,
na ciranda saltitante das minhas alegrias,
no sorriso infantil das minhas esperanças.
Sem hesitar salto... num movimento insano,
em busca de mim.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Fato consumado

Sei que um dia ele amadurece.
Ê tempo bom. Compromisso com o sorvete, nada muito solene. Criancice, meninice...
Quem dos graúdos, povo adulto não desejaria tal papel? Pergunto eu.
Até mesmo aqueles com cara de moço importante, cheio de obrigações relevantes...
Sabe lá! Mas um dia ele cresce... amadurece e isso é fato consumado.
Infortúnio do SER.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Somos UM

Divido o contento,
o alimento,
o trotar e o vento.
Divido braço meu,
passo denso,
o suspirar e o desalento.
Termino o dia,
embalo a noite,
divido a cama e o pensamento.
Divido tudo com o mesmo intento,
sina, sorte e divertimento,
porque não seu eu só,
sou sim parte de ti,
e você... metade de mim.
Um só.

sábado, dezembro 02, 2006

Pirilampeando

Andei pirilampeando, brilhante como um lampião no breu... Claro, forte e sozinho como o bichinho.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

"Uma Amizade Sincera"

Dois amigos.

ele um encanto, ela o vento,
ele sentença, ela contingência,
ele pêra, ela maçã,
ele rock, ela talismã .

amizade sincera,
dessas que não se desespera
por esgotar.

certo dia não queria mais falar,
o assunto acabou,
o mar esvaziou,
a montanha se calou,
e a sinceridade vociferou .

aquela tal amizade
com sinceridade,
ainda mais se conectou
não mais queria analogia,
nada de pares,
nada de rimas,
assim foi feito.

Uma amizade dessas que respeito.
Com apreço, sinceridade do fundo do peito.

Sendo assim,
ela norte, ele sul,
cada um pro seu azul.

É... uma amizade um tanto sincera.
Continua sendo.

Para Clarice, a Lispector.